Inteligência Artificial - Parágrafo

A discussão das perdas no sentido científico e ético presentes no texto "Animação Cultural" de Flusser, em que se visa a crítica da crescente dependência dos objetos, ao passo que se faz do humano uma mercadoria consumidora, escrito antes mesmo da utilização da internet, se torna cada vez mais atual, mediante a crescente problematização das Inteligência Artificiais e sua funcionalidade. Isso porque ao longo da incorporação de seu uso na sociedade acharam-se malefícios na sua performance. Tal assunto foi abordado no texto "A falsa promessa do ChatGBT" do The New York Times, em que o autor identifica problemas em IA's e nas suas aprendizagens por dados, nas quais, apesar da grande propaganda baseada em seu suposto avanço tecnológico, apresentam possíveis perigos ao campo científico e ético, uma vez que não são capazes de formular hipóteses e corresponder a metodologia científica de forma eficaz, além de não conseguirem apresentar respostas com princípios éticos, já que, sem a verdadeira inteligência, não são capazes de ter moral ao calcular as probabilidades.
Esse cenário foi percebido com a utilização das IA's para geração de imagens, em que se identifica problemas para seu funcionamento ao inserir prompts que abordam religiões marginalizadas ou pessoas racializadas, demonstrando uma "aprendizagem" extremamente limitada, embora tenha em sua apresentação promocional o oposto. Além, da óbvia falta de ética na formulação do banco de dados.
Portanto, é observado a elevada valorização dos avanços tecnológicos, deixado de lado seus, já perceptíveis, prejuízos, como a perda de importantes valores para a sociedade, a expondo a manipulação, além da perda de controle sobre os algoritmos criados, dificultando, ainda mais, a minimização dos problemas indicados, assim como exposto e exemplificado no documentário "O dilema das redes".

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