Filosofia da Caixa Preta

  O texto de Vilém Flusser concentra sua discussão em torno da relação dos indivíduos ou a sociedade como um todo em relação à fotografia e a câmera. O que pretende-se destacar a partir da leitura é a percepção que o autor tem em relação ao "aparelho" e quem o utiliza em relação aos seus respectivos propósitos. No que tange ao aparelho fotográfico, seu propósito é aperfeiçoar-se por meio de seu programa e a do fotógrafo é eternizar-se por meio da fotografia. Porém, com o que ele chama de "democratização" do acesso aos aparelhos fotográficos, tornou-se a sociedade mais sucetível ao programa do aparelho sem ter o contraponto do propósito do verdadeiro fotógrafo, que jogaria com as diversas possibilidades dadas pela "caixa preta". Por meio desse raciocínio ele indica como os humanos perderam o controle sobre seus aparelhos criados em relação ao programa que são submetidos. Tal raciocínio, apesar de não ter sido feito paralelamente a existência das tecnologias atuais, é capaz de ser relacionado com o cenário vigente, em que a sociedade se tornou um funcionário dos aparelhos criados, servindo às programações de forma acrítica.

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